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Uma vez ouvi o amigo José Bueno dizer o que importa para ele. Eram coisas que ele entendeu que eram centrais na sua vida e mereciam sua máxima atenção. Isso me impressionou muito e chamou minha atenção para a necessidade de declararmos o que nos importa.

Assim nasce esse texto, com a intenção de, ao declarar o que me importa, reforçar o foco nisto e abrir mão de distrações que não me ajudem a construir uma vida com significados.

Porque significados me importam. Quero uma vida com profundidade, tirando o máximo de cada experiência vivida, atribuindo significados interessantes a cada momento.

Porque somos nós que damos sentido à vida, e por isso a criatividade me importa. É através dela que expressamos nossa essência, que escrevemos o roteiro da vida que viveremos.

E expressar quem somos é algo profundamente espiritual. Isso exige a coragem de olhar para dentro e encarar tudo o que encontrarmos pela frente. Por isso me importa uxma espiritualidade real, que seja praticável no dia-a-dia, que compreenda nosso lado mais sombrio, que gere transformações de verdade, que vá além do verniz da pureza e que funcione para quem vive no mundo, trabalha, é casado, tem filhos e precisa pagar as contas.

Essa espiritualidade só funciona no contato com o outro. As conexões verdadeiras me importam. O autoconhecimento tem um limite e a chave para superar esse limite é nos enxergarmos nos outros, afetarmos e sermos afetados pelos outros. Afetos me importam. E me interessam a empatia, a comunicação não-violenta, uma boa conversa num bar e oportunidades de falar e ouvir sobre temas relevantes.

E a leveza deve permear tudo isso. Por isso me importam a poesia e a arte – não só no sentido acadêmico, mas aplicadas ao cotidiano, para transformar o olhar e trazer sentido às coisas prosaicas. E a música tem um papel fundamental para mim – ouvindo ou fazendo.

Os mistérios me importam. Assim como as utopias, eles inspiram a caminhada, instigam a imaginação e permitem o sonho. Também me importam o indizível, o inefável, o sublime, as coisas que pedem silêncio de admiração e respeito e que não podem ser ignoradas, mesmo sendo dolorosas. Ou milagrosas.

Quero me cercar de tudo que me inspira, e sentir ao máximo cada estímulo. Por isso me importa a presença, que afasta a apatia e o automatismo que nos leva à repetição do mesmo. E me importa aproveitar a presença daqueles que me inspiram, me ensinam, me transformam e me melhoram – meus parceiros de caminhada, meus amigos, minha família, minha companheira, meu filho.

E me importa compartilhar experiências e colaborar com pessoas, projetos e ideais significativos. Importa realizar projetos com sentido, grandes ou pequenos, que me exponham com verdade e transparência e que sejam um vetor de transformação do mundo – mesmo que só do meu mundo. Por isso inauguro este espaço, onde vou compartilhar os caminhos que venho trilhando e os insights que venho descobrindo na minha busca por tudo aquilo que me importa.

 

Imagem de Zachary Staines