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Homens não choram. Homens são fortes. Homens são provedores. Homens não podem mostrar fragilidade. Homens têm honra. Homens se expressam de forma agressiva.

Essas são algumas “verdades” que habitam o nosso imaginário. Por muito tempo, elas foram repetidas e reforçadas a serviço de uma organização social baseada no patriarcado. E muitos ainda acreditamos nelas.

Essa visão de mundo traz consequências terríveis para as mulheres, que ocupam um lugar secundário, inferior e de submissão nesse modelo, além de inúmeros casos de violência contra a mulher. E também traz sérias consequências para os homens – ela faz com que os homens se tornem seres com emocionalidade restrita, com alto grau de ansiedade por precisar “provar” sua masculinidade a cada ato, e que acabam por adoecer e morrer, ou se autodestruir, mais cedo. Hoje, 83% das mortes por homicídios e acidentes no Brasil são de homens. Vivemos 7 anos a menos que as mulheres e nos suicidamos quase 4 vezes mais. 17% de nós lida com algum nível de dependência alcoólica. 6 em cada 10 homens declaram lidar hoje com algum tipo de distúrbio emocional (veja de onde vieram esses dados).

Esses são alguns efeitos da chamada masculinidade tóxica, que acomete homens hétero, homo, trans, pretos, pardos e brancos, deficientes e não-deficientes.

Mas precisa ser assim? Há outros caminhos?

Um número cada vez maior de homens tem percebido que não se reconhece nesse padrão, e encontra dificuldades para lidar com essa dissociação. Percebem que não há espaço para manifestarem suas dores, seus desafios, suas dificuldades.

É aí que entram os Círculos de Homens, eventos com o objetivo de simplesmente dar voz às nossas angústias. Lugares de escuta e acolhimento, de reconhecimento mútuo de que enfrentamos os mesmos desafios e temos as mesmas dificuldades. Um ambiente seguro em que formas e conteúdos que fogem à norma tradicional são acolhidos e, só por isso, muitas vezes são curados.

Em formas mais elaboradas, os Círculos de Homens podem incorporar atividades terapêuticas, dinâmicas de grupos, rituais, estudos teóricos e percursos de aprendizado. Existem vários grupos no Brasil que já vêm percorrendo esse caminho, como o Guerreiros do Coração, o Brotherhood e outros.

Num tempo de tantas transformações, é hora de assumirmos a responsabilidade pela nossa transformação e buscar esses espaços e, assim, colaborarmos para a construção de um conceito mais saudável sobre o que é ser Homem.

Por isso queremos convidar para o primeiro encontro do Ombro a Ombro, um círculo de homens que acontecerá no dia 30/10/19, das 19h às 21h30, na Casamar. Inscreva-se abaixo!